ENTRE A BELEZA DO MORTO E A CULTURA VIVA - MEDIADORES CULTURAIS NA SAO PAULO DO INICIO DO MILENIO
Maria Celeste Mira
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Sinopse
Consideradas em vias de extinção, a(s) culturas(s) popular(es) ressurgiram com força total no cenário da globalização. Um pouco por toda a parte do mundo assiste-se à sua transformação em novo conjunto de possibilidades estéticas, culturais, econômicas, políticas. Ao contrário do que se pode imaginar, o fenômeno não é espontâneo. Há uma série de agentes sociais envolvidos na sua reativação: produtores culturais ligados ao mercado, gestores de cultura vinculados ao Estado, as ONGs e seus projetos sociais, grupos informais em busca de novas experiências, os próprios artistas populares empenha-dos na reconstrução de sua identidade e - por que nos excluirmos? - os acadêmicos e seus interesses de pesquisa. Este livro apresenta os resultados da pesquisa etnográfica realizada pela autora entre 2003 e 2013, na cidade de São Paulo e algumas do interior do estado, junto a essa camada de mediadores simbólicos que interpreta as tradições, fazendo a ponte entre os grupos populares e o Estado ou o mercado. A oscilação entre velhos e novos paradigmas os coloca entre a "beleza do morto", na expressão de Michel de Certeau, e a "cultura viva", aclamada política cultural do governo do presidente Lula.