NENHUM MURO À ALTURA DO PEITO (CAMAFEU #3)

Adotando formulações entre o gênero autobiográfico, conceitos de espaço, identidade nacional e poder, Maria Gabriela Llansol (1991 - 2008) traz para a produção do registro privado uma linha filosófica que repensa, a partir do olhar do corpo feminino em exílio, a técnica literária e o contato com o real. Este ensaio busca investigar de que maneira os fragmentos assinados pela escritora portuguesa em Um falcão no punho (1985), o primeiro volume de seus diários, dialogam com processos de constituição da identidade nacional lusitana e, paralelamente, constroem uma rejeição à linguagem dominante e à História do país, mantendo diálogo com perspectivas da crítica feminista de rescrita de território.