INSPEÇÃO PREDIAL DE SISTEMAS DE CHUVEIROS AUTOMÁTICOS

Antes de começar a rascunhar este Prefácio fui tomado pela duvida, que creio abarcar qualquer pessoa que inicia um texto: Qual a forma correta de expressar esta ideia? Pois bem, por meio de pesquisa bibliográfica, isto mesmo, tive que buscar na literatura exemplos de como redigir de forma honrosa este Prefácio. Escolhi, após dias de busca, como ícone um texto de Ruy Barbosa - As Viagens de Gulliver - destaca-se que na época o autor, Swift, era intensamente combatido pela crítica aos paradigmas vigentes e por conta de suas ideias progressistas. Seguindo a mesma trilha alçada pelos mais sábios, este Prefácio foi composto por três actos ou movimentos: (i) o autor do Prefácio fala do autor do livro; (ii) o autor do prelúdio destaca questões importantes do livro; (iii) o autor do Prefácio lança aos leitores um desafio, com o intuito de provocar neles a necessidade de mudança, a partir da leitura desta obra. Acto ISobre o Armani devo repetir a frase celebre: ”Se teve falhas, não esqueçamos que grandes homens se constituem tanto dos seus defeitos quanto das suas virtudes” . Confesso que em 16 anos de convivência com ele apenas sobraram virtudes. Em 2001, mesmo sem obrigação, foi me visitar em uma obra que estava em fase de construção, pelo simples fato que precisava compreender os rumos da engenharia, na época esta obra de arte era o seu maior expoente. Pois bem, assim é o Armani,busca enxergar o futuro, prever as ações necessárias, mesmo antes que o problema seja apresentado.Acto IIO livro que está em suas mãos não só é o fruto de um mestrado, mas de uma vida de estudos, de escopo fulgente que é a Salvaguarda da Vida Humana. Com direção e sentido definidos ele nos conduz inicialmente na inerência do risco, ou seja, ele sempre está lá, presente, escondido em nosso cotidiano, dormente, mas se as oportunidades surgirem ele se transformará em uma catástrofe, implacável, que tomará e destruirá tudo e todos. Surge então a questão: Como se prevenir, se o risco existe? Neste momento o autor propõe um caminho, não único pois a Segurança Contra Fogo e explosões não é composta por soluções definitivas, atemporais ou tampouco infalíveis, mas define-se por um Sistema Global, onde cada pequena atuação individual quando somada ao todo, compõe algo muito maior. Por fim ele lança um olhar crítico, que vai aturdir os leitores, pois prove que a instalação de Chuveiros Automáticos de modo inadvertido não garante a proteção do ambiente abrangido por esta. Durante seus estudos ele encontrou 33,4% de instalações com não conformidades, ou seja, um terço das instalações de chuveiros automáticos não irá funcionar quando necessário. Neste contexto ele propõe medidas paliativas que podem reverter este quadro (nada é imediato) e define um roteiro, no que tange a sua atuação, para a melhoria continua e incessante da Segurança Contra Fogo e explosões no Brasil.Acto IIIVocê, jovem oficial ou engenheiro, que está ai perfilado junto ao comandante do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo (Cassio Roberto Armani), imaginado em seus mais nobres sonhos alcançar esta designação, saiba que nada acontece por acaso. Seja honesto com você mesmo e com as outras pessoas, o que é sua obrigação; seja bravo, o que é sua obrigação; proteja as pessoas, o que é sua obrigação; diante de um erro busque imediatamente solucioná-lo, o que é sua obrigação; se capacite para exercer a sua profissão da melhor forma, o que é sua obrigação e aí sim, você começa a ter direito de começar a sonhar!Prof. Dr. André Luiz Gonçalves ScabbiaCoordenador do Mestrado em Habitação do IPT/SP