Sinopse
Tem-se na obra de Augusto dos Anjos uma coabitação de linguagem, configurando e arquitetando uma espécie de heterologia do saber que injeta a um só tempo aproximação/distanciamento/destronamento de vozes. Em tal heterologia, a figuratividade poética estabelece uma tensão ascendente entre a expressão polissêmica da poesia e a expressão concisa da ciência, redimensionadas pelo espaço lúdico de interface irônica, o que reforça o caráter de reversibilidade dos discursos.