Sinopse
Edição revisada, com novo projeto gráfico. Artigos de Adrienne Boutang, Andre Loiselle, Rodrigo Carreiro e outros. Prefácio de Carlos Primati.
Como um dos ensaios deste livro propõe um cotejo entre o cinema de terror italiano e a Divina Comédia, desejamos aos bem-aventurados que adentram pelos caminhos tortuosos do horror, que o triângulo que representa a obra de Dante Alighieri possa-lhes servir de amparo: Dante, o homem; Virgílio, a razão, e Beatriz, a fé. Porém, dar-se conta de nuances nessa trinca se faz necessário ao caminhar pelas palavras do presente livro.
O homem cá está na sua diversidade de faces, seja na introspecção infantil com que absorve o mundo (como no ensaio sobre o medo e a infância), ou no teatro de escuridão que condiciona tanto o que ele subjuga quanto o que o torna subjugado (como nos ensaios sobre Kiyoshi Kurosawa e o Grand Guignol). Para se chegar também ao homem, estudos sobre as formas, os objetos, os mundos que o revelam. A cosmogonia dos autores: de Argento a Mojica. E para a imersão do homem nesses universos onde o que impera é um pacto de fé, uma convicção capaz de abolir a arbitrariedade e a verossimilhança, oferecemos assim um terreno em que o que importa é a essência. Nos artigos aqui presentes sobre cinematografias (do horror em continentes distintos, no período mudo), sobre novos olhares de subgêneros a serem descobertos ou redescobertos p