Sinopse
"Paulo Leminski já nos eximiu de certo ranço hermético ao apresentar uma poesia simples e não simplista; coloquial e não menos inquietante. Provou que é possível provocar com versos curtos, que é possível mergulhar na superfície, ir além da pedra. Ser moderno não é modismo, é uma consequência natural do seu tempo, é aceitar sem receios a areia que se esvai em sua ampulheta, é escolher entre ser e parecer e não tentar soar feito algo que não lhe pertence (meia noite não é apenas em Paris). Deixar a emoção em primeiro plano requer coragem. E coragem não falta ao poeta Ribeiro Pedreira. Ecos da poesia marginal pululam aqui e ali, seja na forma, no humor, na verve irônica, no verso certeiro, objetivo, que golpeia, que te põe desnorteado, que te obriga desesperadamente a um clinch. A poética de Ribeiro Pedreira é para ser lida sem moderação. Sua poesia é para ser vivida, degustada, curtida até a última ponta, até a última dose." - Herculano Neto