V.4 A COMEDIA HUMANA

Volume contém o Pai Goriot, um dos romances mais conhecidos de Balzac. Goriot, que dá nome à obra, é inqulino da pensão Vauquer, nome de uma das principais personagens da Comédia Humana. O estabelecimento localiza-se numa região altamente decadente de Paris. Goriot é um burguês, ex-comerciante, que enriqueceu tremendamente com a especulação da venda de trigo. Vendia-o pelo décuplo do preço que comprava; porém, no tempo do romance, não passa de um espectro daquilo que havia sido, de sua riqueza e opulência. É alvo da chacota de todos os moradores da pensão. Ele diz ser pai de duas filhas, que o visitam muito de vez em quando, a qual deu a melhor formação intelectual que o dinheiro podia comprar. Entretanto, ninguém as conhece, sendo que o personagem afirma que as visitas se dão às escondidas. Além desse romance ainda não superado, cinco novelas integram o presente volume. Três delas -O coronel Chabert, A interdição e O contrato de casamento- relatam casos judiciários e mostram que o jovem Balzac, mesmo sem abraçar as profissões de causídico ou de tabelião, não perde os anos passados num escritório de advocacia e num cartório; aproveitara-os para observar e compreender o funcionamento do mecanismo emperrado da Justiça, causador, muitas vezes, das piores injustiças. O primeiro desses romances foi levado seis vezes às telas do cinema, sendo a versão mais recente de 1994, dirigida por Yves Angelo e com Gérard Depardieu e Fanny Ardant no elenco. A missa do ateu abrange, em poucas páginas, um exemplo inesquecível de tolerância; Outro estudo de mulher, com a análise de vários casos de adultério comentados numa roda de amigos, constitui o complemento adiantado da Fisiologia do casamento (incluída no último volume da Comédia Humana).