MEMÓRIA DE ULISSES: NARRATIVAS SOBRE A FRONTEIRA NA GRÉCIA ANTIGA

De sondas espaciais a pacotes turísticos, muitas coisas se têm chamado de Ulisses. É como se, pela reativação do velho nome, se quisesse suscitar alguma moderna mitologia ou reciclar antigos mitos que têm a viagem como pano de fundo. Memória de Ulisses apresenta uma antropologia e história cultural da Grécia antiga, tendo como balizas algumas figuras de “viajantesâ€? que nos levam ao Egito, ao coração da Grécia, a Roma ou ao redor do mundo em viagens que registram o movimento e o olhar, a topologia e o itinerário; roteiros pelo espaço do mundo que se perenizam como percursos da memória cultural. O autor desenvolve uma ampla reflexão sobre os mecanismos que permitem delinear os limites entre o próprio e o outro, bem como sobre as possibilidades de estabelecerem-se relações entre o outro e o próprio. Um tema que, no contexto de um mundo que desaprendeu a lidar com fronteiras e diferenças, deve merecer uma atenção especial. Neste caso, num tratamento voltado para nossa memória cultural. A (nossa) memória de Ulisses.