Sinopse
Não há tesouro perdido da história da arte ocidental que se compare em riqueza e esplendor à 'Sala de Âmbar'. Esta obra-prima, presente do Imperador da Prússia para Pedro, o Grande, da Rússia, em 1717, é composta por painéis que totalizam 55 metros quadrados em âmbar e pedras preciosas. A sala teria sido pilhada quando os nazistas invadiram Stalingrado em 1941. Os painéis, arrancados das paredes e transportados em caixotes para o castelo de Könisberg, na costa do Báltico, onde permaneceram até a rendição alemã em 1945, desapareceram. Foram enterrados em solo alemão? Escondidos na Turíngia, na Saxônia? Incinerados ou destruídos em um bombardeio? Naufragaram a bordo de algum navio? Nos últimos sessenta anos, tentou-se descobrir o destino da Sala de Âmbar, sem sucesso. Catherine Scott-Clark e Adrian Levy foram mais longe seguindo versões conflitantes, testemunhas e novas pistas. A investigação compõe uma trama de espionagem e contra-espionagem envolvendo nazistas, provas recolhidas em arquivos e museus soviéticos e ações paralelas da KGB e da Stasi, a polícia secreta da antiga Alemanha Oriental. Neste trabalho, os autores revelam a miscelânea de contradições que cercam a trajetória deste ícone da glória russa, representante do poder imperial, transformado em símbolo de perda pela propaganda soviética.