MUSEU DE COISAS INSIGNIFICANTES

Se fosse preciso eleger na poesia de Charles Kiefer um só aspecto que melhor a definisse, este seria o da contenção. Contenção que, desde o primeiro verso do primeiro poema deste volume, equilibra o poeta sobre os fios tênues do lirismo delicado, da sutileza de imagens, do rigoroso controle da linguagem. O resultado é um conjunto harmonioso de poemas impecáveis, arrematados por outros cinco poemas traduzidos de Jorge Luis Borges, cuja reconhecida influência o autor não hesita em também transformar em poesia da melhor qualidade.